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Jijoca de Jericoacoara (CE) |
O turismo em Jericoacoara |
Projeto Destinos Referência em Segmentos Turísticos |
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Segmento: Turismo de Sol e Praia
Destino: Jijoca de Jericoacoara – CE
Parceiro executor local: Sebrae-CE
Apresentação
Jericoacoara, já popularmente conhecida por Jeri, é um lugar fora do comum, que coloca em cheque a lógica da vida urbana e do tempo. As ruas são cobertas de areia e as praias se estendem por quilômetros, exatamente como Deus criou, sem interferências visuais de prédios, antenas ou outras estruturas que destoem da paisagem natural.
Localizada no extremo norte do Ceará, a 300 km de Fortaleza, está perto da linha do Equador e inserida no Polígono da Seca, o que, neste caso, significa uma grande vantagem, pois proporciona um clima ensolarado o ano todo. Mas as vantagens da sua localização não acabam por aí. Por estar localizada em uma península, Jericoacoara tem mar tanto a leste como a oeste, o que o torna um dos poucos lugares do Brasil continental onde é possível ver o nascer e o pôr do sol e da lua no mar.
O portão de entrada de Jericoacoara é Fortaleza, a capital do Ceará, onde está localizado o Aeroporto Internacional Pinto Martins, que recebe voos de todo o Brasil, Europa e Estados Unidos.
O acesso, que até pouco tempo atrás era um grande obstáculo ao desenvolvimento turístico, atualmente está mais simplificado (apesar de ainda haver um trecho de 28 km que cruza o Parque Nacional de Jericoacoara, sem asfalto) com várias opções de serviço de transporte.
As empresas de receptivo garantem o transporte em vans e veículos com tração. Outras opções são os ônibus de linhas regulares, com conexão para o trecho não asfaltado em jardineiras, com saída a partir da sede do município de Jijoca de Jericoacoara.
Para quem prefere ir com veículo próprio ou locado, o ideal é que estes possuam tração e que o motorista tenha experiência em direção off-road. Veículos convencionais estão sujeitos a fatores climáticos, como chuva e ventos, envolvendo riscos. Há ainda a opção de helicóptero, mais rápida e confortável, porém com um custo alto.
Na internet existem diversos sites e portais com informações variadas e aprofundadas sobre o destino, inclusive sobre os acessos e transporte. Uma busca na rápida leva a links de uma série de empresas que fazem a comercialização dos seus serviços e equipamentos turísticos e de lazer.
O turismo em Jericoacoara
A atividade turística na região se iniciou de forma incipiente nos anos 80, como um destino de “paz e amor”, procurado por pessoas de espírito hippie, em busca de liberdade e contemplação. Nesta época, Jericoacoara era apenas uma vila de pescadores, sem nenhuma estrutura de hospedagem, energia elétrica e com acesso difícil.
Ao longo dos últimos 20 anos, o destino foi se estruturando, por iniciativa dos próprios nativos e dos novos moradores – brasileiros e estrangeiros – que criaram negócios e investiram na vila.
O principal atrativo de Jericoacoara é o conjunto de sua paisagem exuberante – a dimensão das dunas e o desenho de suas praias – e da diversidade cultural criada a partir da integração das características dos pescadores nativos às de brasileiros de outras regiões do País e de estrangeiros de várias partes do mundo.Em Jeri, tudo tem um toque slow e descontraído, o que dá a sensação de estar em um lugar fora do tempo. Mas isso não quer dizer que o visitante seja privado do charme, do conforto e do bom atendimento. Muito pelo contrário. O setor de hospedagem progrediu muito no destino.
No princípio, poucas pousadas ofereciam as comodidades como energia elétrica, água quente, estrutura de alimentação e repouso. Hoje existem quase cem meios de hospedagem, que variam desde pousadas de charme a hotéis com acomodações e serviços requintados de padrão internacional. Há ainda opções de hospedagem mais básicas, mas que atendem bem aos padrões mínimos de estrutura e serviços.A diversidade cultural está muito bem representada na gastronomia local, que é marcada por uma fusão de estilos, tanto da culinária brasileira (em especial a nordestina), quanto da estrangeira.
Há restaurantes para todos os gostos e bolsos, porém o destaque está nos restaurantes de charme, que representam da melhor forma a riqueza desta variedade gastronômica.
O artesanato é outro destaque em Jericoacoara, como em praticamente todo o Ceará, pela riqueza e multiplicidade das técnicas, (que foram aprimoradas por meio de oficinas promovidas por instituições como o Sebrae-CE), pela tradição, e pelos preços em conta.
Cadastur
Ao contratar serviços para uma viagem, convém verificar se a empresa está cadastrada no Ministério do Turismo. O cadastro dos prestadores de serviços é grande fonte de consulta para o mercado turístico brasileiro e proporciona benefícios para os serviços turísticos cadastrados. Para ter acesso às informações detalhadas sobre os prestadores de serviços regularmente cadastrados, acesse www.cadastur.turismo.gov.br
O Turismo de Sol e Praia em Jericoacoara
Jeri surpreende na oferta de atividades turísticas e de lazer que vão além de passar o dia na barraca de praia ou tostando no sol. O destino também oferece diversas opções de ecoturismo, atividades de aventura e turismo cultural para agradar aos mais exigentes e diversificados perfis de turista.
Os pontos de visitação mais procurados são Tatajuba, Mangue Seco e Rio Guriú, Lagoa do Paraíso, Lagoa Azul e Lagoa do Pinguela. A paisagem é muito diversa com vegetações variadas como restingas, dunas, tabuleiros, manguezais, gramados, praias e serrotes, que abrigam mais de 38 famílias de aves, das quais várias espécies são raras ou estão ameaçadas de extinção.
As dunas e as lagoas de água doce são o cenário perfeito para passeios de buggy ou para caminhadas ao entardecer. Um ponto turístico famoso perto da vila é a Duna Pôr do Sol, de onde é possível apreciar tanto o amanhecer como o entardecer no mar. Na vila existe uma Associação de Bugueiros, que assim como as agencias receptivas locais, oferecem passeios a preços acessíveis e com motoristas treinados e cadastrados.Uma opção mais slow é o passeio de cavalo até o Mangue Seco para a melhor apreciação das belezas da paisagem. No caminho a Tatajuba é possível visitar um reduto de cavalos marinhos.
A Pedra Furada, um dos cartões postais mais famosos do Ceará – resultado de um belo trabalho da ação dos ventos, do mar e do tempo – pode ser visitada durante a maré baixa, passando pelas praias Malhada e do Pontal, numa caminhada de cerca de 3 km. É impossível resistir e não tomar um banho de mar.
Com seus belos atrativos, o destino faz parte da Rota das Emoções, um roteiro integrado com os Estados vizinhos, que envolve paraísos naturais como a Área de Proteção Ambiental do Delta do Parnaíba (PI) e o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses (MA), além do Parque Nacional de Jericoacoara (CE). Este roteiro, que oferece aventura, praia e ecoturismo, foi premiado em 2009 pelo Ministério do Turismo com o Troféu Roteiros do Brasil, sendo considerado um caso de sucesso do Programa de Regionalização do Turismo na categoria Roteiro Turístico.
Para os praticantes e apreciadores de esportes de aventura, Jeri também tem o cenário ideal. Os bons ventos da região proporcionam condições perfeitas para a prática de surf, windsurf e kitesurf. Além disso, são muito populares o sandboard e a capoeira.
Além das atividades de ecoturismo e aventura, o visitante pode desfrutar de serviços de massagem, jantares em charmosos restaurantes, curtir um happy hour num bar tranquilo ou em casas com música ao vivo, tudo no relaxado e descontraído ritmo de Jeri.
O segmento de Turismo de Sol e Praia
Antes de haver uma acepção oficial dos segmentos turísticos, Turismo de Sol e Praia era denominado das mais variadas formas: Turismo de Sol e Mar, Turismo Litorâneo, Turismo de Praia, Turismo de Balneário, Turismo Costeiro e inúmeras outras. Estes conceitos, em geral, excluíam destinos que estavam longe da orla marítima, como as praias fluviais e lacustres (margens de rios, lagoas e outros corpos de água doce) e praias artificiais, muito comuns no interior do Brasil. A partir dessa constatação e com a finalidade de alinhar e ampliar os conceitos principalmente para fins de formulação de políticas públicas, o Ministério do Turismo elaborou a publicação Turismo de Sol e Praia: Orientações Básicas. Nela, denomina-se o segmento como: Turismo de Sol e Praia constitui-se das atividades turísticas relacionadas à recreação, entretenimento ou descanso em praias, em função da presença conjunta de água, sol e calor.
O principal fator de atratividade do segmento de Sol e Praia está na combinação de elementos que complementam a paisagem natural e o clima apropriado à balneabilidade. Estes elementos complementares são a recreação, o entretenimento e o descanso, relacionados ao divertimento, à distração ou contemplação da paisagem.
O turista de Sol e Praia apresenta um perfil heterogêneo, desde jovens interessados em novas descobertas e praias isoladas, até famílias compostas de pessoas de diferentes idades e com necessidades distintas, que buscam no destino atividades que possam atender aos desejos de cada um. O que se pode considerar como característica comum a estes turistas é sua motivação pelo desejo de descanso, práticas esportivas, diversão, novas experiências e busca de vivências e interação com as comunidades receptoras.
Um dos aspectos mais marcantes e desafiadores do segmento é a tendência de atrair o turismo de massa sazonal, concentrando um grande número de pessoas na mesma época e em um só lugar. Isto se dá pelas características próprias do produto que se comercializa, o que traz como consequência uma demanda concentrada nos meses de verão ou estiagem (no caso das praias fluviais) e em períodos de férias ou feriados prolongados.
Esta tendência, somada a uma falta de planejamento prévio, pode tornar-se uma ameaça para o destino em todos os aspectos da sustentabilidade, havendo o risco de desequilibrar a economia local, sobrecarregar o ambiente com excesso de dejetos e conturbar a vida da comunidade local.
Outra característica do segmento é a interação com outros tipos de turismo, como o Turismo Náutico, Turismo Cultural, Aventura e Esportes, diversificando a experiência do turista e a atratividade do destino. Aliás, esta interação com outros elementos é que pode garantir o diferencial e a competitividade do destino e contribuir para equilibrar a sazonalidade típica deste segmento.
Projeto Destinos Referência em Segmentos Turísticos
O modelo de gestão descentralizada concebido pelo Plano Nacional de Turismo e implementado pelo MTur prevê a integração de diversas instâncias da gestão pública e da iniciativa privada por meio da criação e organização dos arranjos institucionais.
O projeto Destinos Referência em Segmentos Turísticos desenvolvido pelo MTur em parceria com o Instituto Casa Brasil de Cultura, tem como objetivo criar uma estratégia de governança local, a partir do fortalecimento e aperfeiçoamento de segmentos de mercado, procurando envolver de forma participativa toda a cadeia produtiva e instituições relacionadas com o segmento escolhido, através de prioridades e estratégias definidas e com foco na competitividade.
O projeto tem como premissa a participação efetiva dos representantes locais, fortalecendo as entidades públicas e privadas, o trade e as organizações não governamentais, levando à formação de um Grupo Gestor que assume o papel de líder do processo, buscando assim garantir a continuidade das ações na área do turismo, resultados mercadológicos e a sustentabilidade do destino.
Assim, foram escolhidos dez destinos com características diferentes, em regiões diferentes, para que suas experiências contribuam para criar uma base metodológica que possa servir de modelo para outros destinos no Brasil, validando e consolidando a estratégia de desenvolvimento de políticas públicas, e de ampliação e diversificação da oferta turística nacional.
Destino referência em Turismo de Sol e Praia
É um grande desafio escolher um destino para ser referência no segmento de Sol e Praia em um país com cerca de 8 mil quilômetros de litoral, além de inúmeras praias fluviais e lacustres que movimentam o turismo no interior do país. Assim, com inúmeros destinos já consolidados neste segmento, que é o mais procurado do turismo nacional, havia uma infinidade de opções.
Porém, a escolha de Jericoacoara para servir de referência foi motivada por este ser um destino ainda em desenvolvimento, com uma série de desafios ambientais e sociais, mas onde seria possível trabalhar conceitos e práticas de sustentabilidade e arranjo institucional, criando experiências que pudessem ser replicadas em outros destinos.
O Nordeste brasileiro naturalmente representa a vocação do Brasil para o Turismo de Sol e Praia, tanto pelos seus aspectos climáticos e praias com águas mornas quanto por suas características culturais, como a hospitalidade e alegria do seu povo. A música, a dança, o artesanato, a gastronomia e as festas populares colocam as praias do Nordeste em evidência nos contextos nacional e internacional. Porém, o turismo nacional amadureceu muito nos últimos anos, e deixou para trás a ilusão de que somente vocação basta para obter um destino de sucesso e sustentável. Por isso mesmo é que o projeto Destinos Referência optou por Jericoacoara para trabalhar este segmento, com todos os desafios e oportunidades que um destino emergente pode apresentar.
Logo nas primeiras visitas técnicas ao destino, foi verificado que Jericoacoara apresentava alguns entraves quanto à articulação institucional, crescimento desordenado e ocupação irregular de diversas áreas que deveriam permanecer de livre trânsito para a comunidade e os visitantes. Outro fator que comprometia o desenvolvimento do destino era um alto índice de informalidade entre os prestadores de serviços e a falta de auto-organização dos setores.
Esta visão motivou a escolha e a estratégia de aproximação. Assim como em outros destinos do projeto, foram envolvidas as entidades parceiras locais, identificadas com o segmento. As primeiras entidades a apoiar o projeto, além do Ministério do Turismo, foram a Secretaria de Turismo do Estado do Ceará, a Secretaria Municipal de Turismo de Jericoacoara e o Sebrae-CE, a principal entidade parceira local conveniada para o desenvolvimento do projeto.
Devido a este cenário, as primeiras reuniões no destino foram realizadas separadamente com os empresários dos quatro principais setores: meios de hospedagem, alimentação, receptivos (esporte) e comércio.
O primeiro objetivo foi despertar o autoconhecimento, identificar o papel de cada um no seu negócio, no turismo e na comunidade. Depois os quatro grupos foram reunidos e foram desenvolvidos trabalhos participativos, que culminariam com a formação do arranjo institucional. Nestas reuniões foram apresentadas outras iniciativas e projetos em andamento enfraquecidos por falta de uma dinâmica cooperada.
Também se apresentaram entidades empresariais pré-formadas ou desestruturadas e não atuantes, tudo isso como forma de evidenciar a importância da cooperação e do trabalho conjunto.
Para instituir o Arranjo Institucional do destino, o Ministério do Turismo e a Casa Brasil, com o apoio dos órgãos estaduais e municipais de turismo e Sebrae-CE, além dos conselhos e associações estaduais e locais afins, implementaram a Metodologia Cores de Gestão de Destinos Turísticos, que consiste em técnicas e ações participativas e cooperadas, em que se define a atribuição de cada um dos atores.
Importante observar que os empresários de Jericoacoara, em sua quase totalidade, não são cearenses, mas oriundos de outros Estados brasileiros ou estrangeiros. Esta situação era um dos principais motivos para uma cultura pouco integrada. Na verdade, eles não se comunicavam, competiam, sem enxergar que separados, contribuíam para a degradação do destino. Os primeiros encontros com os grupos empresariais, um por vez, confirmaram essa observação. As pessoas chegavam desconfiadas, criticando o que não funcionava e sem acreditar que algo novo pudesse estar acontecendo. Após uma série de reuniões utilizando a Metodologia Cores foi possível atingir de fato o sentimento de que a união dos empresários e da comunidade em torno de uma instância de governança local era indispensável, necessária e urgente para o desenvolvimento e sustentação do destino, inclusive na interlocução das parcerias com os gestores públicos.
O modelo definido foi a constituição de uma Agência de Desenvolvimento – Adetur Jeri, criada em assembleia em agosto de 2008, com a participação de mais de 50 empresários, comprometidos em criar ou consolidar as entidades empresariais setoriais. Essa iniciativa revigorou outras associações de alguma forma constituídas e ficou marcada como a Ação Símbolo neste destino. Com esta unidade de planejamento foram estabelecidas conexões com outros projetos em curso no destino, de iniciativa do próprio Ministério do Turismo ou dos órgãos estaduais e municipais, e ainda de entidades como o Sebrae.
Outra ação a ser destacada foi o trabalho desenvolvido pelas artesãs de Jericoacoara durante a Vivência Elo Cultural, que apresentou um desfile na praia com peças artesanais criadas pelas próprias artesãs. A coleção ganhou uma marca – Mundo Jeri: Cultura, Natureza e Magia. No total, 15 peças-piloto foram exibidas pelas modelos durante o desfile. Para chegar a este resultado, o Sebrae-CE envolveu 40 artesãs da região, realizou o diagnóstico de sua atividade, identificou demandas e elaborou sugestões para a estruturação da ação Vivência Elo Cultural. Depois disso, foi feito um trabalho de articulação com as artesãs, com oficinas preparatórias com foco no associativismo, nas relações humanas e no aperfeiçoamento das técnicas do crochê.
Resultados Alcançados
O projeto Destino Referência em Turismo de Sol e Praia realizado em Jericoacoara atingiu o objetivo da construção de um modelo referencial dotado de parâmetros para o desenvolvimento sustentável do Turismo de Sol e Praia, como base para outros destinos turísticos do segmento no Brasil, adaptando-o e adequando-o às diferentes situações e soluções.
O exemplo de Jericoacoara, que conseguiu transformar uma realidade de crescimento desordenado – que certamente levaria o destino a um possível colapso – em uma situação de desenvolvimento participativo e cooperado, em que cada um conhece e executa seu papel na comunidade e no turismo, poderá ser replicado em outros destinos que queiram desenvolver o segmento de Turismo de Sol e Praia em seu destino.
Resultados Alcançados
- Participação ativa dos empresários e mobilização para adesão desde o início do projeto
- Governança local representativa e atuante
- Atuação continuada e liderança do empresariado local
- Preparação de materiais promocionais para o destino
- Qualificação na produção associada ao turismo, envolvendo 40 artesãs da região, com foco no associativismo, nas relações humanas e de aperfeiçoamento das técnicas do crochê
- Realização de desfile na praia com peças artesanais criadas pelas artesãs de Jericoacoara
- Constituição de uma Agência de Desenvolvimento – Adetur Jeri
Um acompanhamento técnico dos arranjos institucionais, e principalmente, o fortalecimento do conselho municipal e de sua interlocução com o órgão estadual de turismo, e deste com as instâncias regionais e com o Ministério do Turismo, são o ideal para a consolidação do Sistema Nacional do Turismo.O futuro será de entidades empresariais fortes e arranjos institucionais dinâmicos, que tenham base em planejamentos de curto, médio e longo prazos, feitos dentro da boa técnica, com legitimidade e pela participação de todos os envolvidos do setor e da comunidade local.
O que realmente foi criado pela ação da Casa Brasil através do Método Cores e que pode ser reaplicado com sucesso em outros destinos brasileiros foi a formação do Grupo Gestor de projetos. Em síntese, isso significa a existência de um conjunto de atores (pessoas) que representam os interesses públicos, privados e da sociedade local, relacionados com os projetos do destino. Para a equipe técnica da Casa Brasil, esta deve ser a tônica na maioria dos destinos turísticos brasileiros que ainda apresentam falta de integração, de estruturação e de representatividade dos setores.
O arranjo institucional é a base para qualquer projeto de desenvolvimento sustentável.Todo programa relevante de turismo que envolva recursos públicos e privados, produza impactos importantes no destino e mobilize uma diversidade de esforços e investimentos deve ter seu grupo gestor. Este grupo deve se reportar ou participar do Conselho Municipal do Turismo, que por sua vez se reporta ou participa do Conselho Estadual, que é presidido pelo secretário ou dirigente estadual de Turismo. O dirigente estadual deve integrar o Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo (Fornatur), que é parte do Conselho Nacional do Turismo, presidido pelo ministro do Turismo. Aí está o Sistema Nacional do Turismo, que estabelece uma conexão e interação desde o programa no destino até o MTur, que é o responsável pela implementação do Plano Nacional do Turismo, seus projetos e ações, democraticamente construído com uma ampla participação do trade e da sociedade.